sábado, 3 de julho de 2010

Eu me vi no fundo do poço, no inferno...
Era um lugar assustador, quente, barulhento,
E a única coisa que eu queria, era que tudo aquilo fosse pesadelo.
Então levantei daquela pedra áspera, e resolvi procurar reflexo em algo, eu sentia meu rosto estranho. Tocava e sentia algo entre meus dedos, que não era normal. Corri desesperada.


Encontrei um quarto, igualzinho ao meu. Aquele quarto da porta branca e fechadura quebrada, que sempre me assustava. Sempre que eu passava um cordãozinho nela, era porque a festa lá dentro estava grande. Festinha só minha, não podia entrar convidados. Egoísta.
Encontrei um espelho, logo que entrei. Corri pra frente dele, e deparei-me com um rosto flácido, sofrido, e algumas manchas de sangue.
Estranho. Os meus olhos eram castanhos e brilhantes a poucos dias atrás,e agora pareciam avermelhados e mortos.
Chorava sangue. Todos os dias. 


Foi quando a vaidade e o orgulho resolveu tomar conta da situação.
Eu não queria ficar flácida, sofrida e com olhos satânicos.
Eu ainda queria viver...


Peguei um pedacinho de papel na gaveta do meio, e nele escrevi as dez coisas que mais me agradavam, e as dez que mais me irritavam.
Meus dez desejos, dez momentos mais felizes e marcantes, dez pessoas amadas.
Também escrevi nele, meus dez maiores medos, dez maiores desgraças, dez pessoas que me faziam mal.
E depois, fui riscando um por um, de acordo com a importância de cada um.
Me restaram cinco pessoas, um medo, e um desejo.
E neles resolvi me basear.


Hoje risquei mais um.
E mantenho um imenso sorriso no rosto.
O desejo... Aquele que parece ser o único que vai permanecer no papel pra sempre... Só cresce!
O tempo multiplicou cada palavrinha daquele papel.
E hoje eu tenho medo triplo, e vários desejo em cima de um só!
O que o tempo dá, também tira.
O que a vida ensina, é pra sempre.


Eu desisti do sofrimento.
Só EU me queria alí.
E eu vou continuar insistindo na vida.
Apesar de não saber, não querer, e não entender o que talvez seja isso.
Eu só sei que estou incrivelmente bem, tranqüila, e em paz.
E o que é meu, é meu. Ninguém toma!


E EU SÓ TENHO A DESEJAR MAIS UMA VEZ A TODOS: APRENDIZADO.
Eu expliquei sobre isso em um post anterior.

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